A Semana Santa é sagrada lá nas barrancas do rio Uruguai, a uma distância de 13 Km de São Borja/RS.
No meio do mato é montado um palco sob um galpão ,cidade de lona, acampamento rústico, fogo de chão, como as nossas tradições.
O Festival regionalista que está em sua 42ª edição, reunem-se desde o ano 1972, para durante esse período receberem um tema na sexta-feira santa que vai gerar as composições que serão apresentadas nas próximas 24 horas, no sábado de aleluia.
Trata-se de um encontro de músicos e apreciadores do ritmo nativista, um “comício de espíritos”, já definido por Sérgio Metz (Jacaré) (in memoriam).
O Festival da Barranca segue fiel à idéia congregadora de seus fundadores: Apparício Silva Rillo, José Bicca, Miguel Bicca, Carlos Castilhos e Antônio Augusto Fagundes.
Esse espaço tem suas peculiaridades, mulher não participa, apenas convidados por algum “Anguera” (grupo de música nativista, samborjense,criado da década de 70). Dinheiro só vale se for “manduca” – homenagem ao pioneiro Tio Manduca, a moeda é estável, e o câmbio tem paridade com o real.
As parcerias ultrapassam diferenças de idade, de estilo e de origem .É uma espécie de ” Woodstock” gaudério, feito em acampamento com muita pescaria, chimarrão, cachaça, violão, gaita e boas músicas.
Agradeço à Cláudio Gottfried, que gentilmente cedeu as imagens, registrando esse evento tradicional da nossa São Borja.
Vencedores (2013)
1º lugar: SEMENTE, de José Gonzalez e Mário Barbará.
2º lugar: OUTROS NO MESMO LUGAR, de Rafael Ovídio , Zelito Ramos e Pirisca Grecco.
3º lugar: LOS MESMOS, de Carlos Cachoeira e Chicão Dornelles.
Troféu Qua quá (música humorística): DE SEPÉ ATÉ A BARRANCA, de Elton Saldanha, Tadeu Martins e José Atanásio Borges Pinto.
Maninha
Tem outra por dentro. 